domingo, 9 de dezembro de 2012

Florianópolis - SC

Depois de mais de 15 anos voltei a Floripa e posso dizer que a ilha da magia como todos gostam de chamar, certamente tem seus encantos. Para mim o sul da ilha é inquestionavelmente mais atraente com seu ar bucólico e pacato de cidadezinha do interior, mas é claro que toda a ilha reserva um charme por cada pedacinho que passei.



Cheguei a noite na cidade e fui pegar o carro que já havia reservado na Inova, através como sempre do site Rent Cars. Dali fui direto para pousada onde me hospedei que fica em Canasvieiras, Pousada do AbaetéA pousada é uma gracinha, tudo bem limpo e novo. O café da manhã é razoável, mas para o custo benefício está bem justo. A pousada fica a alguns passos da praia e do trapiche de Canasvieiras.

No dia seguinte o tempo não estava muito bom mas mesmo assim saí para conhecer outras praias e passei por Jurerê Internacional onde vi as mansões e o pessoal que bebe champagne as 10:00 nos lounges a beira mar. Passei pelo famoso P12, atração principal da noite em Jurerê para os mais plays - eu já passei da idade.



Andando segui em direção a praia da Daniela que não tem nada demais, parece até uma lagoa de tão calma. Ótima para quem vai com crianças ou para os que preferem ficar boiando apenas. Desci para Sambaqui onde tem diversos restaurantes super charmosinhos, porém quase todos fechados. Dali segui em diante para Santo Antonio de Lisboa aonde pude conhecer as casas açorianas e a igreja Nossa Senhora das Necessidades.



Ainda fui um pouco mais adiante até Cacupé. A via segue toda pela orla da baía que é uma graça e tem um pôr do sol incrível que pude presenciar nos dias seguintes. Já voltando devido ao mau tempo  dei uma passada em Ratones mas não vi nada de interessante por lá.



Foi então que peguei a rodovia sentido Praia Brava. Aí sim vi uma praia de verdade. Praia pra mim tem que ter onda e lá estavam todas elas, lindas. Pena o tempo não ter cooperado, mas esta praia com certeza está entre as minhas favoritas. Nada de muvuca e bastante espaço na areia. Existem apenas dois pontos problemáticos. O primeiro é que o acesso aos cadeirantes está destruído, só off road para passar ali e o outro é que não tem nenhum lugar para comprar uma água que seja, portanto para passar o dia por lá tem que levar um cooler e aí fica tudo resolvido.



Voltei para Canas e fui então comer alguma coisa e deixar o dia terminar só observando o vai e vem desta praia. Primeira parada, Restaurante Terra Santa. Primeira e última porque eu não volto mais nesse restaurante. Atendimento péssimo, tempo de espera absurda, falta de itens do cardápio e para completar um terrível camarão que na verdade eram filhotes. Moral da história, belisquei um ou outro, paguei e fui embora.



Caminhei um pouquinho e parei no então chamado, Restaurante Trilegal que se diz especializado em frutos do mar. Tudo bem, já sei que é super out pedir a sequência de camarão mas pedi mesmo assim, queria ver e degustar para poder opinar. Decepção total. Mais uma vez os filhotes de camarão estavam lá. Para piorar a minha impressão eu achava que vinha uma coisa de cada vez, sem pressa, para não esfriar e para a mesa não ficar tão cheia de pratos, mas não, de repente oito travessas estavam sobre a mesa. Detalhe básico, um deles com bolinhos de siri - a sequência não era de camarão????



Enfim, já passavam das 16:00 minha fome não era mais tão legal assim como o nome do restaurante e lá fui eu encarar a sequência de filhotes de camarão com bolinhos de siri. Ao final quando pedi a conta tive a absoluta certeza que comer sequência de camarão é mais do que out, é tragic.

Pode ser que em algum lugar de repente você encontre uma sequência digna de aplausos e quando encontrar, por favor, me avise, ainda tenho esperanças de que uma sequência de uma iguaria tão saborosa como o camarão mereça ser contemplada.

Mas tudo bem, fim de tarde e o sol apareceu e fui curtir esse momento caminhando pela praia de Canas e voltei ao hotel.



No dia seguinte, após ter visto toda aquela movimentação no trapiche lá fui me aventurar a bordo de um navio pirata. As 11:30 todos para dentro do Pérola Negra. O passeio é bacana para ter uma visão contrária a que estamos acostumadas e segue em direção as praias da Cachoeira, Ponta da Canas e Lagoinha. Depois para na Ilha do Francês para banho e segue até a Praia do Forte, onde passamos pela enorme Fortaleza de São José da Ponta Grossa.



Retorna passando por Jurerê e Jurerê Internacional e atraca novamente em Canasvieiras. Tudo isso regado a muito gangnam style, encenações teatrais e um tipo de aeróbica dance no mar...rss. Para os mais empolgados um prato cheio de diversão, mas você pode ficar também quietinha na sua, apenas contemplando o passeio e ser chamada de múmia o tempo todo pelos piratas do navio. Valeu a experiência mas é o tipo de passeio altamente recomendável a crianças.



Já era 15:00 quando retornei ao continente e fui para Lagoa da Conceição. Trânsito básico de sempre, mas nada comparado as horas que todos ficam parados no verão. Já tinha lido sobre um restaurante chamado Barracuda e fui lá que parei. Toda má impressão que estava com os outros restaurantes acabaram aqui. Desde a hora que você estaciona o carro até pagar a conta o atendimento é impecavelmente perfeito.



Pedi de entrada a sugestão do garçom, a casquinha da Dadá (que é uma mini moqueca - divina de boa) e para beber a famosa cerveja viva, Coruja. A propósito eles tem uma carta de cervejas especiais sensacional, mas como estava dirigindo só experimentei uma e depois passei para o suco. Para fechar com chave de ouro camarões pistola grelhados. Confesso que ir embora foi difícil, tudo estava perfeito e super saboroso na medida ideal. Fica a super dica. Estando em Floripa não deixe de saborear os pratos excepcionais deste restaurante.




Mas vamos caminhar que o dia ta quase terminando e já que estava na Lagoa dei um pulinho até a Joaquina apesar do relógio marcar 19:00 o dia estava claro e é por isso que eu amoooo o horário de verão. As dunas ainda estavam cheias e a galera curtindo o sandboard. Para os amadores é possível alugar uma prancha e sentir a adrenalina de descer por ali.



Como já era "tarde" voltei para Canas porque a noite ainda seria longa. Tive a imensa sorte de estar no local certo, no dia exato. Nada mais do que showzaço de Joss Stone no Stage Music (onde fica também a Pacha de Floripa), em Jurerê Internacional e lá fui eu :D "Baby, baby, baby - Tell me do you love me now..." Foi sensacionaaaaalllll.

No domingão São Pedro resolveu deixar tudo mais bonito e o sol apareceu. Momento exato de pegar a rodovia mais uma vez e desta vez descer ao sul da ilha. Destino - Ilha do Campeche. Segui direto até a praia da Armação de onde eu já sabia que saiam os barcos para a ilha. Lá você deixa o carro em algum estacionamento paga R$ 10,00 para o dia todo e vai até o trapiche onde estão os barcos de pescadores para fazer a travessia. Na Associação dos Pescadores Artesanais fica uma senhora dando as devidas informações turísticas do local. A travessia ida e volta custa R$ 40,00 por pessoa. 



Muito importante! Na ilha do Campeche existem dois bares que muitas vezes não abrem segundo os pescadores, portanto é aconselhável levar água e algo para beliscar, mas não se preocupe pois você não ficará isolado do mundo. Na ilha o sinal de celular pega perfeitamente.


E lá fui eu mar a dentro a bordo de um barquinho de pescador e as ondas batendo sem parar - seguuuuura. A travessia demora 40min e quando você chega é de agradecer a Deus mais uma vez por viver em um país tão rico de lugares paradisíacos. No meu caso agradeci por isso e pelo bar estar aberto porque não tinha comprado nem água - foi tudo perfeito. 



Depois descobri que chega-se a ilha também saindo diretamente da Praia do Campeche por botes infláveis e a partir da Barra da Lagoa com escunas. Passei o dia inteiro na ilha só curtindo aquele mar transparente. Tudo bem que a água é um pouco geladinha, mas depois que acostuma fica tudo delicioso.

As 16:00 já estava em terra firme novamente e então continuei descendo e fui até a praia do Pântano do Sul conhecer o tão falado Bar do Arante e seus milhões de papeiszinhos. A praia é linda, o bar é realmente uma atração local mas não sei se tive azar de pegar um garçom mau humorado porque o atendimento foi péssimo e a casquinha e as ostras no bafo também não estavam lá essas coisas. Valeu a visita, mas minha expectativa era de que fosse bem mais bacana. De qualquer forma em uma outra oportunidade voltarei para saber se foi só uma primeira má impressão ou não.



De lá dei uma volta pelo centro de Floripa e tentei ir ao Mercado Público para conhecer o também famoso Box 32, mas acreditem - domingo não abre. Não entendi porque um ponto turístico tão bacana fecha suas portas aos domingos, mas enfim...não conheci.



Ainda tinha o belo pôr do sol pela frente e então fui rumo a uns dos melhores lugares para se apreciar o entardecer, Sambaqui. Lá parei no Restaurante Pitangueiras e encerrei o belo dia e entrei a linda noite comendo mais umas ostrinhas, afinal de contas estava em Florianópolis.



Quase todas as noites chegava no hotel tão cansada que só dava tempo para o banho e cama. Bons sonhos e até amanhã.

Mais um dia de sol e como era o último pois a vida segue e tenho que trabalhar, fui conhecer algumas praias por onde ainda não havia passado. Fui até a bela Praia do Santinho onde fica o Resort Costão do Santinho e de lá um pulo na Praia dos Ingleses.



Decidi então me despedir da ilha lá onde tudo acontece, na Lagoa da Conceição mais uma vez, só que agora parando nos mirantes. A vista é realmente muito bacana e de lá segui para passar o dia onde dizem que a vida é dura mas a Praia é Mole :D



Aqui qualquer pessoa de bom gosto sente-se em casa. Bares lindinhos com lounges a beira mar, musiquinha ideal com bebida e comida boa - estava assim sendo encerrada meus dias na ilha da magia. 



Mole mesmo eu dei por não ter ido até a Praia da Galheta que era só atravessar a pedra do índio, mas fica para a próxima.

Na volta para o hotel ainda fui dar um mergulho em Jurerê Internacional, mas ventava tanto que ficar na areia não estava sendo bacana e então peguei minha garrafa de veuve clicquot e fui embora...rssss - em Jurerê é assim.


"...Ainda lembro lá em Floripa,
Olhávamos a lua e o mar,

Namorando a noite inteira,

Até o dia chegar.
Sem ver o tempo
A cada momento,
Eu queria te falar
Que de mãos dadas
E sempre juntos,
O mundo nós iremos mudar...."
(Chimarruts)

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