segunda-feira, 22 de dezembro de 2014

Natal - RN

Seria muito piegas falar exatamente nesta época do ano sobre a divina cidade de Natal? Para quem acha que sim, ótimo, um apelo a mais...rsss

Descobri a cidade que com certeza posso voltar várias vezes na vida que não tem como enjoar. Quer apostar? Vem comigo!


Ao fundo, a ponte cartão postal da cidade: Ponte de Todos - Newton Navarro (famoso artista potiguar) com 1,8km de extensão. 

Vamos ao início. Cheguei na madrugada de quinta para sexta, morta, como quase todos os voos que levam a Natal. Mil escalas até a o paraíso mas, tudo bem, descanso merecido para os dias que virão.

Era sexta-feira, um dia normal onde todos os mortais estão estressados com seus infindáveis jobs e eu vesti meu biquíni e fui à Ponta Negra avistar o Morro do Careca. Isto sim é ostentação!!! hahahaha...




Nesta viagem estava muito bem assessorada por duas amigas que me hospedaram em sua casa, e enquanto elas estavam em seus escritórios, eu curtia todas as dicas já por elas oferecidas :)

Passei o dia todo na barraca K21 contemplando a delícia do dia e agradecendo a Deus por mais este episódio na minha vida. Eis que os primeiros maravilhosos "absurdos" começam a surgir.




Camarão deliciosamente bem preparado e barato. Só o nordeste pode proporcionar isso a você! Camarão do Chef é a dica da praia de Ponta Negra. A porção da foto é individual e o tempero escolhido foi o pirangi. Acompanhado de uma cajaroska (vodka com cajá) estava tudo perfeito.


 
A orla de Natal é bem cuidada, cheia de hotéis e restaurantes para todos os gostos. Fim do dia e fui embora para poder me preparar para o dia seguinte. Destino: Pipa :D



Passando por Pirangi do Norte, lá está o maior cajueiro do mundo. Realmente é enorme. Parece um pé de caju sem fim , mas, como estava muito mais ansiosa para chegar à praia, segui em frente.



Passando por Búzios, uma parada para fotos no mirante e uma vontade ainda maior de mergulhar logo nessas águas verdinhas. Acontece que antes de chegar a Pipa uma surpresa. Chegando em Barra de Tabatinga pausa para conhecer uma verdadeira casa de tapioca.



Tapioca feita na pedra desde 1949. Pense na delícia! Um lugarzinho super pitoresco que vale a visita muitas vezes. Tudo delicioso, é como se você estivesse no quintal de casa. A Casa da Tapioca fica um pouco escondida, porém, basta perguntar por lá que todos conhecem.

Nesta etapa da rota já estava no município de Nisia Floresta que guarda um magnífico baobá centenário bem no meio da cidade. (foto: Y. Massef)



Seguindo a estrada e eis que enfim, cheguei ao paraíso do Rio Grande do Norte: Pipa.


Fui correndo deixar as malas na pousada que fica à beira mar meeeeeesmo, mais próximo seria uma pousada flutuante...rsss. Fiquei na Pousada Céu e Mar que tem um ótimo atendimento e um lindo visual da varanda do café da manhã. Além disso, a pousada fica estrategicamente localizada a metros da principal rua da badalação: Av Baia dos Golfinhos, sinônimo de: não precisar tirar o carro da garagem; perfeito.



Ainda dava para curtir a tarde e fui direto para Praia do Amor, antes com uma paradinha no Mirante do Chapadão.



A Praia do Amor tem exatamente o formato de um coração. Como a maré já estava bem baixa, da pra ver o contorno certinho na foto. Desci e fui para o - Beach Bar 4:50 - que tem um DJ fazendo um sonzinho lounge super digno e o bar tem este nome porque às 4:50h o sol some.


Começa a anoitecer e é hora de voltar para a pousada para descansar um pouquinho e conhecer o que a noite em Pipa nos reserva.
Primeira parada da noite foi para o jantar e não poderia ter ido a um restaurante melhor (eu acho...rss), fui ao Tapas.


Como nota-se, o restaurante é bem pequeno e isso faz com que seja ainda mais disputado. Consegui a mesa e comecei pela caipiroska que já veio estupidamente bem feita. Foram 1, 2, 3....deliciosas. Os pratos aceitei prontamente a sugestão da casa: camarão com caramelo picante de maracujá, atum com crosta de gergelim e molho tarê, arroz indiano e filé de peixe com curry e molho de iogurte grego. Toda essa maravilha, acredite, a um valor que não se paga em nenhum restaurante da cidade pedindo o mesmo menu.


De lá fui dar uma voltinha pela Pracinha das Cores e depois fui para o Ágora Bar que tem vista pro mar, música ao vivo e bons drinks. Quando cheguei ainda estava vazio mas pouco tempo depois o lugar ficou bem cheio com uma roda de samba muito boa.

No terceiro dia como já tinha que voltar à Natal fiquei na praia do centro mesmo, e de repente surge o Duda da Ostra.


Fica a dica para quem gosta, Duda é o cara das ostras com direito a azeite, sal e limão. Fui para piscina do hotel e ali ficamos até ele ir embora sem mais nenhuma ostrinha para contar história. hehehehehe :)

Hora de pegar estrada, mais antes, apenas uma paradinha na Preciosa Gelateria. Imperdível tomar um sorvete nesta deliciosa gelateria artesanal com produtos incríveis. Já na estrada de volta, uma pausa na praia de Tibau do Sul para ver o início do por do sol e o encontro entre a Lagoa de Guaraíras com o mar que também é o acesso para travessia de balsa, de onde vem os passeios de bugues pela orla. Pipa é realmente sensacional. Vale várias visitas e passar mais tempo por lá.


Quarto dia de viajem, segundona linda, fui fazer um passeio para o outro lado do Estado, dessa vez para o litoral norte. Fechei com uma empresa, se não me engano a Astral Turismo que cobrou R$ 70,00 para o passeio que sai de Ponta Negra e vai até Muriú. Lá fui eu!
São quilômetros de areia beirando o mar e um pula pula danado dentro do bugue. Para quem sente enjoo aconselho tomar um remedinho.
 

Primeira parada: dunas para que te quero! É um mundo de areia que parece não ter fim. Vários bugueiros param neste ponto que já virou rota turística apenas para fotos. No topo existem umas barraquinhas que vendem alguns souvenirs e bebidas. Atrás das dunas existe uma lagoa, contudo, não estava muito cheia. Fotos feitas, next stop: Genipabu - a terra dos dromedários.



Para quem tiver disposição e aguentar o cheiro dos bichinhos, o passeio pelas dunas custa R$ 45,00. Eu optei por seguir adiante e ver este safari de longe. Genipabu é linda demais, tipo do lugar que dá para passar o dia inteiro. Chega-se de carro também até a praia que fica a mais ou menos uns 30km de Natal.

O maravilhoso passeio continua com muito vento na cara e claro, caso queira é só pedir ao bugueiro para fazer uma paradinha e dar um mergulho. Seguimos adiante até chegar na Barra do Rio onde a travessia é feita por jangadas movidas a remo pelos nativos. Só por isso já vale o passeio - coisas únicas que só no RN tem. Eles cobram uma taxa de R$ 30,00 por carro para ida e volta. Como na maioria das vezes são 4 pessoas no bugue, R$ 7,50 para cada - tranquilinho. 


Após a travessia passamos pela praia de Graçandu e chegamos a Pitangui onde existe o famoso e super turistão Bar da Lagoa e as lindas dunas que vão ao longe no horizonte. Este é o momento de pausa para repor as energias e comer alguma coisinha.



As dunas são incríiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiveis! Qualquer um vira criança nessa imensidão de parque ao ar livre :D Depois da pequena pausa, uma parada estratégica para contemplar a beleza dessa terra.



E a brincadeira só estava começando. Hora de chegarmos a Lagoa de Jacumã, desta vez para descer de aerobunda e skibunda - uhuuuuuuuuuuuuuu o/

O local tem estrutura de barraquinhas vendendo produtos rendados, camisas e algumas guloseimas. Para usufruir desta diversão basta dirigir-se as barraquinhas onde compra-se o bilhete e se jogar. Eu claro, fui nas duas opções. Primeiro pelo ar, super visual e uma queda livre nas águas límpidas da lagoa. (aquele ponto la dentro d'água, sou eu...rssss)


 

Para voltar basta nadar até a margem e pegar o carrinho que sobe todo mundo de volta (amém!!). Entrei na fila de novo e lá fui eu. Agora no skibunda. Pense em uma descida muuuuuuuuuito rápida. Foi demaissssss. Quando você voa pra água, da vontade de subir e ficar escorregando nisso mais umas dez vezes. É realmente muito divertido. Eu super indico esta experiência e o valor é de apenas R$ 5,00 por descida.

Depois desta adrenalina todos os bugueiros param no restaurante Ponta da Pedra que ao o meu gosto, não vale a pena. É um restaurante self service com valor fixo no estilo, coma a vontade. Tem uma vista linda mas, a comida não tem nada de maravilhoso. Para quem não está com muita fome vale pedir algo direto do cardápio.


Nesta parada caso não queira ficar no restaurante você pode aproveitar para ficar na praia mais um tempo, depois é hora de voltar. O caminho é feito todo pelas praias e como ainda era cedo, por volta de 16h pedi para que o bugueiro me deixasse no shopping do artesanato potiguar



O shopping é bem arrumadinho com várias lojas e produtos bons. O valor não tem nada de especial, mas vale pechinchar e com dinheiro trocado fica mais fácil. Bem no centro do shopping fica uma pracinha e lá está o restaurante Carne de Sol que chamou minha atenção por servir carpaccio de carne de sol. Lá fui eu experimentar né. Uma delícia, super aprovado.

A propósito, come-se muito bem em Natal. Em outra ocasião eu pude confirmar isso indo ao Camarões (de Ponta Negra). Que maravilha de restaurante - tudo lá estava muito bom, portanto fica ai mais uma dica.

Depois deste dia super proveitoso, à noite só tive coragem de sair rapidinho pra comer uma tapioca na Casa de Taipa. Esta tapiocaria e cuscuzeria não pode faltar na sua visita a Natal em nenhuma hipótese. A decoração do local já é tão agradável que você pode passar horas por lá degustando essas maravilhas que só o nordeste pode nos oferecer.


E assim termina minha saga por Natal. Da mesma forma que comecei este post, termino. Natal é uma terra para ser visitada quantas vezes forem necessárias, o que não falta por lá, são lugares encantadores de beleza única que o nosso Rio Grande do Norte guarda.

E como já dizia a filha ilustre potiguar, Roberta Sá: "devagar, esquece o tempo lá de fora...."

sexta-feira, 28 de novembro de 2014

Serra Gaúcha - RS

Há tempos planejava uma viagem pelas serras gaúchas e foi exatamente na fatídica época de copa do mundo que aproveitei para fazer esse delicioso roteiro que tem a combinação perfeita de turismo e gastronomia. Saindo de São Paulo, em 1h30 de voo, cheguei a Caxias do Sul já com muitos graus a menos. O aeroporto da cidade - Hugo Cantergiani é tão pequeno que as locadoras de veículos ficam do outro lado da avenida a vinte passos da saída. Lá fui eu para pegar o carro na locadora City que já estava reservado. Tudo ocorreu bem fora o fato de na devolução do veículo ser cobrada de um adicional para lavar o carro sendo que praticamente todos os dias choveram, enfim, nem tudo pode ser perfeito né. Tudo acertado, chega de conversinha e bora pegar a estrada rumo a Bento Gonçalves.


A entrada de Bento Gonçalves já mostra que a cidade guarda ali - dezenas de vinícolas que estão ao dispor para degustação - na famosa rota dos vinhos com seu enorme barril de portal para entrada da cidade. A parada foi rápida, apenas para uma foto e fui atrás da pousada. No caminho a Maria Fumaça e a igreja central São Bento fazem parte do tour.
Chegando a Pousada do Chalé fui super bem recepcionada e logo deixei a mala no quarto e fui almoçar. Super indico esta pousada que fica em uma ruazinha super sossegada e os quartos são novinhos, tudo limpíssimo, uma delicia.


Primeira parada para degustação da culinária gaúcha. Como já havia lido em vários blogs e todos falavam da mesma Casa di Paolo fui atrás para saber se era tudo isso mesmo. No entanto, fiquei sabendo que o restaurante Canta Maria é da mesma rede e ficava bem mais próximo, lá fui eu.
Resumo do menu: caro demais para um simples galeto temperado na cerveja, vale apenas para tirar a prova dos nove. Mas, vamos ao que interessa - que o Vale dos Vinhedos me espera. uhuuuuu o/


Aqui começa a tão esperada melhor parte da viagem, o enoturismo. A partir daqui basta escolher quais vinícolas serão visitadas e desfrutar da saborosa degustação dos melhores vinhos feitos no nosso país.
Como já passava das 14h tive que acelerar o passo e a primeira parada foi logo na imponente Miolo que por sua vez também é a primeira da rota.
Quando cheguei, por sorte uma visita guiada ia começar e lá fui eu conhecer as caves da Miolo. A visita guiada custa R$ 15,00 com direito a uma pausa para degustação de três tipos de vinhos em uma sala reservada. Na saída existe uma lojinha com os produtos e você caso queira comprar algo, tem metade do valor de volta para usufruir. Eu obviamente sai de lá com algumas garrafinhas e utensílios. Dica: Lote 43, safra 2011. Um dos melhores vinhos brasileiros que já tomei até hoje. Trata-se de uma safra especial de uvas merlot e carbernet sauvignon envelhecido por um ano em barricas novas de carvalho francês e depois de engarrafado, mais um ano nas caves. 

O passeio vale a pena se você nunca fez e tem a curiosidade para saber e entender um pouquinho como são os processos. Na minha opinião basta fazer um e pronto, todos os demais serão iguais.

Bem em frente a vinícola Miolo está um outro atrativo da rota, é o Hotel e Spa do Vinho que dizem ser maravilhoso vivenciar um banho vinoterápico. O Hotel já chama atenção por sua estrutura. Eu só passei para tirar umas fotos e seguir adiante. Minha vinoterapia estava começando :D


O Vale dos Vinhedos ou a Rota dos Vinhos como é mais conhecido, tem dezenas de vinícolas e a estrada é boa e de fácil acesso, basta escolher onde parar e deliciar-se.


Infelizmente quando lá estive além do horário já ser um pouco tarde a chuvinha não deu trégua. Como algumas vinícolas estavam cheias nem me aventurei em parar. Pelo caminho ainda desci em uma loja que só vende roupas e acessórios de couro mas tudo caríssimo e assim continuei andando.

Eis que de repente quando já me aproximava do fim da rota entrei na vinícola Peculiare e bingo, melhor escolha impossível. A extrema simpatia do Sr Zorzi já te deixa bastante a vontade para passar horas na vinícola experimentando todos os vinhos e batendo papo. Além disso, de fato os vinhos aqui produzidos tem o diferencial de serem absolutamente artesanais e de extrema qualidade, aqui fui surpreendida por um vinho com três uvas: carbenet, ancelota e merlot de nome, Peculiare Assemblage. Tão bom que acabei trazendo uma garrafa e mais algumas de suco de uva integral - delicioooooooso. Super indico a visita e os produtos tem um ótimo custo.

No segundo dia, mais um delicioso dia cheio de neblina e desta vez a rota era o Caminhos de Pedra. Este lindo roteiro tem as mais belas e conservadas casas de pedra, madeira e alvenaria da região. São casas centenárias que preservam todo o aspecto que os imigrantes italianos levaram a serra gaúcha. Existem duas rotas de turismo, a Linha Palmeiro que trazem os pontos de visitação e a Linha Pedro Salgado onde estão os pontos de observação. Eu fiz a Linha Palmeiro e digo, foi espetacular.


Infelizmente peguei algumas casas fechadas, não sei se por ter ido cedo ou porque era dia de folga mesmo, mas de qualquer forma é incrível vivenciar este lugar. Destaco duas casas que fizeram com que eu passasse mais tempo do que todas as outras. A primeira é a Casa da Ovelha que no caminho já chama atenção por todo cuidado que eles tem de jardinagem na casa formando as tão famosas ovelhas. É parada obrigatória para comprinhas. Produtos de todos os tipos para todos os bolsos. Molhos, iogurtes, queijos, cosméticos e vestimentas com a mais pura lã de ovelha. Existe ainda um passeio pelo parque das ovelhas mais eu fiquei só na loja mesmo e trouxe comigo um irresistível cachecol, chapéu e luva com lã de ovelha :D


A outra casa de destaque é a Cantina Strapazzon que ainda hoje mantém a casa construída em 1880 onde posteriormente virou a cantina (para armazenar os vinhos). Este cenário fez parte do famoso filme "O Quatrillo" e hoje em dia a família abre suas portas cobrando uma taxa de R$ 5,00 para visitação e acompanhamento de um guia que conta todos os detalhes e ainda faz a degustação de vinhos, sucos, queijos e salames. É um verdadeiro deleite e eu claro, não pude sair sem levar algumas peças de salame e garrafas de vinho e suco.
Como esta viagem foi um pouco corrida, pois são muitos lugares para conhecer e tinha poucos dias, logo após este roteiro peguei estrada e segui em direção a Garibaldi para então continuar na dureza das rotas...rssss, desta vez a Rota dos Espumantes. 

Antes de tudo, uma pausa para o almoço que não poderia deixar de faltar, uma bela churrascaria gaúcha. Estava no meio de Garibaldi sem saber pra onde ir e foi então que consultei o tripadvisor e segui em direção a churrascaria Angelo's. Um pequeno restaurante no centro da cidade que cumpriu a risca a fama do bom e tradicional churrasco gaúcho. Excelente custo benefício, bom atendimento e carnes absurdamente suculentas. O Angelo's fica na Av. Independência, 314, e o telefone é (54) 3462-1731.

Siesta? Nem pensar! Rota dos Espumantes ai vou eu!!! Chovia sem parar e a rota conta com cinco vinícolas. Entre as mais conhecidas estão a Chandon e a Peterlongo e eu optei pela última pois trata-se do primeiro champagne do Brasil.


O passeio guiado é bem interessante. Também é cobrado uma taxa de R$ 10,00 que ao final pode ser revertido metade na compra de produtos. Além da história desde o surgimento da vinícola em 1913 você conhece todo o processo do método champenoise e ainda as máquinas utilizadas naquela época, bem como a primeira caixa de garrafas de champagne produzida e o carro da família Peterlongo. O momento mágico do passeio pra mim foi saber que ali foi a primeira cave subterrânea do Brasil onde Sr Manoel Peterlongo viu que tinha uma passagem de ar muita intensa e desta forma poderia finalizar as bebidas, já que naquela época não existiam climatizadoras. Um viva aos seguidores do monge Dom Pérignon - bebamos sempre mais e mais estrelas.

Após esta degustação hora de pegar estrada novamente e seguir rumo a Canela para o próximo pernoite da viagem. A chuva insistiu em me acompanhar e junto a ela uma neblina que as 18h já não se enxergava dez palmos a frente. Enfim cheguei a pousada Floresta Negra. Só deixei as malas, tomei um banho e fui para cidade comer alguma coisa.

Cheguei ao centro da cidade e me deparo com a belíssima Paróquia Nossa Senhora de Lourdes, mais conhecida como Catedral de Pedra.


A igreja é dos principais atrativos da cidade. Também pudera sua grandiosidade e beleza fazem com que qualquer um para e contemple esta imensa obra de arte datada de 1953. Com estilo gótico, 65m de altura e um carrillhão de doze sinos de bronze fabricados na Itália.


Deslumbramentos à parte, hora de comer e foi ali na praça mesmo que fiquei, mais uma vez salva pela tripadvisor. Uma pizzaria temática chamada Toca da Bruxa chama atenção e lá fui eu conhecer essa peripécia de Canela.

O local é totalmente decorado com uma temática de halloween e tem dois ambientes. Um salão grande para o rodízio e outro espaço menor, chamado cemitério, onde fiquei, para o serviço à la carte. Um local inusitado e com diversão garantidíssima para as crianças. Ah! Vale lembrar que as pizzas também todas com nomes temáticos são bem saborosas, vale a visita.

No dia seguinte, agora sim conseguindo ver melhor a pousada, vale dizer que todas as vezes que voltar a Canela com certeza este será meu destino. Super aconchegante, silêncio maravilhoso, atendimento bastante atencioso e café da manhã caprichado. O único detalhe é que o pagamento é somente em cash, mas nada que já sabendo antecipadamente cause transtornos.

Depois de uma magnífica noite de sono e um ótimo café da manhã, hora de bater perna. Fui direto à Gramado para aproveitar o dia e fazer a terceira rota da viagem: a dos chocolates. Frio, neblina, chuva, tudo junto tipicamente sulista e lá fui eu. Para completar era dia de jogo, Brasil e Chile. A cidade estava bem cheia e depois de perambular por algumas lojinhas e comprar algumas coisinhas tratei de arrumar logo um local na famosa Rua Coberta do centro de Gramado.

Gramado resume-se a Av. Borges de Medeiros e Av. das Hortênsias. Pare o carro e ande, pois, existem muitas lojas boas para compras de sapatos, bolsas, casacos e muuuuuuuitos chocolates. Além disso, nesta mesma rota você conhecerá a igreja matriz São Pedro e o Palácio dos Festivais, onde é realizado o Festival de Cinema de Gramado com o famoso prêmio kikito.

A Av. das Hortênsias que liga Gramado a Canela também tem vários pontos turísticos e bastantes outlets, principalmente de calçados, vale dar uma paradinha. Por lá você pode optar em conhecer alguns museus como: Museu de Cera, da Harley, da Moda, de Super Carros, o Reino do Chocolate e assim por diante.


De volta à Canela, pausa para o jantar. Desta vez fui a procura dos famosos fondues da serra e cheguei ao Restaurante Tucano, porém, eles dividem em dois ambientes e o piso superior onde servem o fondue já estava lotado, e então, esta experiência fica para uma próxima viagem. De qualquer forma pedi um prato a la carte que atendeu muito bem minha expectativa e apesar do valor um pouquinho alto, valeu a pena.



Último dia de passeio na serra e lá fui eu comprar uns souvenirs e fazer um brunch na lanchonete mais famosa da região, o Skillo Lanches. Eu fui na unidade de Canela e de fato os lanches são bons e o estilo é de lanchonete americana de beira de estrada. 

Bora andar que o solzinho resolveu dar um "oi"! Passeio do dia: Parque do Caracol. Chegando lá descobri que na verdade onde eu queria ir não era no parque e sim, nos Bondinhos Aéreos que fazem parte do complexo dos Parques da Serra, mas tudo bem, eles ficam próximos.


O passeio custa R$ 36,00 (carinho) mas, comparado aos R$ 62,00 do bondinho do Pão de Açúcar, é aceitável. A vista é incrível e no dia que fui garoava e em questão de segundos a neblina da mesma forma que cobriu tudo também foi embora. A cachoeira do Parque do Caracol é linda e no acesso através do parque chega-se bem mais próximo. Existem duas etapas nos bondinhos e uma delas você pode optar por fazer uma mini trilha e visitar um espaço com as esculturas que "falam" do Sr. Masaharu Hata - hoje já falecido, ele criou esculturas de animais de uma forma que ao ter o atrito com um pedaço de madeira no local talhado de cada escultura, o som proveniente é exatamente do animal em questão. Sensacional o trabalho das esculturas "falantes"...rsss

Passeio feito, hora de voltar para a estrada porque o pernoite ainda seria em Caxias do Sul. Uma passada bem rápida no Lago Negro, chovia muito e resolvi seguir em frente e logo chego em Nova Petrópolis. Além de ser conhecida por suas malharias, Nova Petrópolis tem bem no centro da cidade a praça das flores com um jardim na forma de labirinto, super bacana mas como estava chovendo não consegui tirar uma foto legal.




Pois bem, já que estava aquela chuvinha, friozinho, neblina e já retornava da viagem, me vi praticamente obrigada a fazer uma última parada:  Café Colonial Opa's Kaffeehaus. Eu, obviamente já havia lido sobre este local, porém, ao chegar e ver do que realmente se tratava..., brunch dos sonhos de qualquer mortal.
O Café surgiu em 1986 e preserva até hoje toda a tradição alemã com músicas, atendentes vestidas a caráter e é claro, a culinária extraordinária. O café tem o valor de R$ 42,00 ou R$ 44,00 por pessoa e toda esta mesa é servida quantas vezes você quiser. Conforme as travessinhas acabam eles servem outra. Os bules de chá, leite, café e a jarra de suco também e ainda por cima depois elas passam com um carrinho oferecendo vários tipos de tortas. É de sair rolando...rsss. Não comi nem um terço desta mesa e tudo estava divinamente saboroso. Super indico quantas vezes forem necessárias. Parada mais que obrigatória em Nova Petrópolis.

E depois disto, voltei à Caxias para mais um pernoite apenas para pegar o voo na manhã seguinte com malas a mais cheias de garrafas de vinhos e sucos. À propósito, fica esta dica também: vá preparado para voltar com mais malas do que quando for.

Eu já programo um retorno, desta vez no verão para ver as parreiras verdinhas carregadas de uvas e fazer um piquenique nos vinhedos.

Bis Bald!