terça-feira, 23 de agosto de 2011

Maceió - AL

Sabe quando você faz uma viagem sem muita pretensão e de repente não quer ir embora nunca mais? Foi o que aconteceu em Maceió. Fiquei na praia de Jatiúca em um apartamento que loquei pelo site, aluguel por temporada,  super recomendado a todos, excelente custo benefício e a localização também é ótima. O apartamento na ocasião fica em frente ao restaurante Parmegianno que é bastante conhecido na cidade, mas que infelizmente não recomendo, péssimo atendimento e a comida também não mostrou nenhum atrativo. 




Maceió possui uma orla linda com as praias urbanas de Pajuçara, Ponta Verde, Jatiúca e Cruz das Almas, as três primeiras com excelente infra-estrutura de bares, restaurantes, hotéis e comércio em geral. A melhor opção para conhecer bem a cidade é a locação de um carro, e foi o que fiz, depois disso basta escolher litoral norte ou litoral sul e pegar a estrada.



No dia seguinte saí cedo e optei começar pelo litoral norte, fui direto para Maragogi. Quando lá cheguei o tempo ainda estava abrindo, também ainda era 07h45 e os passeios começariam mais tarde devido ao nível do mar. É bastante aconselhável que na programação para locais que as praias contenham muitas formações de recifes de corais e onde existam passeios de barco verificar a tábua das marés, quanto mais baixa, melhor será o passeio para visualizar toda beleza desses mares.



Voltando (...), decidi então andar um pouco mais para ver as praias existentes depois de Maragogi e para minha imensa surpresa conheci o paraíso. A praia chama-se Pontal do Mangue fica exatamente na divisa com Pernambuco e não tem quase nada além de dois ou três quiosques. Mas quem precisa de mais alguma coisa com um cenário deslumbrante deste?



Maragogi que me desculpe, mas não senti nem um pouco a sua falta...rsss.



Na volta resolvi pegar a rota ecológica passando por Japaratinga e a balsa de Porto das Pedras. O caminho é mais longo, mas a vista vale a pena.



No outro dia, estrada rumo ao litoral sul, fui até o Pontal do Coruripe que tem uma linda praia praticamente deserta e voltei para ficar na praia do Gunga, em Barra de São Miguel. 



Pense em uma fazenda de coqueiros. Agora triplique este pensamento – o lugar é lindíssimo, mas como já é bastante conhecida fica muito cheia. A praia do Gunga fica entre o Oceano Atlântico e a Lagoa do Roteiro é a típica praia para passar o dia todo com a família.



Passei algumas horinhas por lá e fui adiante até a Praia do Francês, porém esta estava ainda mais cheia. De qualquer forma mais uma belíssima praia que vale a pena passar várias horas do dia. 

Tendo em vista a super lotação das praias resolvi ir almoçar no restaurante Hibiscus e lá fui atravessar a cidade de volta para chegar na praia de Ipioca. 



Este belo e delicioso restaurante fica dentro de um condomínio que dá acesso a lindíssima praia de Ipioca e é super recomendado. Os preços não são lá tão baratos, mas também não tem nada de tão exorbitante e o ambiente compensa muuuuuuuuuuuuuito. Ah! E por favor, não deixem jamais de comer em praticamente todos os lugares o caldinho de sururu - magnífico :)

Maceió com certeza entrou para minha lista dos lugares aonde se pode voltar quantas vezes forem necessárias.

quinta-feira, 18 de agosto de 2011

Fernando de Noronha - PE

Tenho a imensa honra de abrir este blog falando de um paraíso brasileiro. Nada mais, nada menos que um dos arquipélagos mais lindos do mundo. Noronha é formado por 21 ilhas, numa extensão de 26 km², tendo uma principal - a maior de todas também chamada "Fernando de Noronha", como única ilha habitada. 


As demais estão contidas na área do Parque Nacional Marinho e são desabitadas, só podendo ser visitadas com licença oficial do IBAMAPossui 17 km² com cerca de 10 km de comprimento e 3,5 km de largura máxima. Seu perímetro é de, aproximadamente, 60 km. Fica a 545 km da costa pernambucana, onde vive uma população de apenas 3.500 habitantes.

Para chegar a ilha existem duas formas: vôos diários partem de Recife e de Natal; pelo mar, você pode fazer um cruzeiro à bordo de navios que visitam Noronha de outubro a fevereiro. Eu fui de avião com escala em Recife e só essa ida já daria um novo post. Resumindo, vá preparado pois tudo pode acontecer. Só consegui chegar em Noronha dois dias depois do programado devido ao atraso dos voos e aos fatores metereológicos. 

Confesso que uma lágrima rolou no dia que estava uma tempestade e mesmo assim o louco do piloto tempo aterrissar. Eu já avistada a ilha quando o avião arremeteu e voltei para Recife mais uma vez. Mas, enfim consegui. A pista de Noronha tem apenas 1.840m de extensão - ou seja - errou, mergulhou com golfinhos.
Dizem que a melhor época para conhecer a ilha é de setembro a março, porém fica a dica de que fui em agosto e os dias foram perfeitamente lindos. 

Em terra firme lá fui eu enfrentar a fila para pagar novas taxas de preservação, por conta do atraso. O ideal é pagar essas taxas pela internet pois você não fica nessa fila, mas não se desespere se não conseguir. Tudo pode ser feito no local sem nenhum problema. Paguei R$ 40,40 por dia de estada na Ilha.

Feito isso é hora de entrar no paraíso. Primeiro passo - pegar um táxi para deixar as malas na pousada. A maioria dos hotéis e das empresas que oferecem os passeios trabalha com traslado de cortesia. Eu como não havia fechado ainda nenhum pacote de passeio pois preferi ver isso já no local e nem fiquei hospedada em nenhuma pousada tive que pegar o táxi mesmo.


A delícia de sentir-se no paraíso já começa aqui. Os táxi são buggys e a bandeira inicial é de R$ 12,00. Ou seja, entrou e desceu na esquina, doze reais, mas nada lá tem distâncias absurdas. Lá fui eu para "pousada" da Íris que super recomendo.

Existem dezenas de pousadas e isso vai de acordo com o seu bolso. Na ilha você consegue hospedagem com diária de R$ 60,00 até R$ 2.500,00. Eu, obviamente, optei por pagar mais barato para poder gastar com outras coisas.

A Pousada da Íris é uma hospedagem domiciliar de suítes com ar-condicionado, chuveiro elétrico, frigobar e tv. Todos os dias quando retornava a pousada, o quarto já estava arrumadinho e super limpo, é claro que isso agradou bastante. A pousada não tem café da manhã, mas isso não foi nenhum problema tendo em vista que a alguns passos dali existe um mercado/padaria que resolve tudo. A Pousada da Íris é super concorrida, portanto caso queira se hospedar por lá, melhor reservar com antecedência através do tel. (81) 3619-1824, fica na Vila dos Remédios próximo a restaurantes, agências de turismo, correio, banco Santander (o único aliás) e as praias do Cachorro, Meio e Conceição.


Malas no quarto e rua. A primeira coisa que fiz foi pesquisar os passeios para já no dia seguinte começar cedo a diversão. Existem várias agências de turismo e os valores são tabelados, o que pode acontecer é dependendo do que fechar eles vão te dando um desconto aqui e ali e depois basta escolher a melhor.

Vale muito a pena fazer alguns passeios pela ilha ou alugar um buggy, pois a ilha é bem sinalizada e você poderá andar a vontade, lembrando apenas que pagará pelo combustível mais caro do Brasil. Fiz alguns passeios através da empresa Blue Marlin que foram muito bons. Os guias são super simpáticos e o transporte foi feito através de um 4x4. Mais informações http://www.bluenoronha.com.br. Recomendo que no primeiro dia faça o Ilha tour e desta forma já se conhece toda a ilha, depois é só escolher aonde voltar.

Como ainda tinha um fim de tarde para aproveitar pernas para que te quero e fui caminhando até a Praia do Meio e da Conceição, aonde tem o Quiosque  do Meio, bem bacaninha e uma vista deslumbrante.


A temperatura é alta o dia todo, abuse do protetor solar. A propósito, na hora de fazer as malas preocupe-se apenas com coisas básicas: roupas leves, tênis para caminhada, chapéu, óculos escuros, trajes de banho, chinelo e equipamentos de mergulho. Caso não possua fique tranqüilo, em todas as praias existe uma barraquinha para aluguel de máscara, snorkel, pé de pato e colete.

No dia seguinte fui fazer o IlhaTur (R$ 80,00 por pessoa) é um passeio que dura o dia todo e você conhece praticamente a ilha inteira. 

Primeiro ponto do "tur" - Baía do Sancho. Sem dúvida, a mais linda da ilha. Uma pequena trilha nos leva ao primeiro contato visual com esta magnífica praia.

A vontade é de pular daí mesmo e cair nessas águas cristalinas, mas antes disso outro mirante mais adiante é mais um ponto deslumbrante de onde pode-se avistar o Morro Dois Irmãos que fica na Baía dos Porcos.



Depois de centenas de fotos volta-se um trecho da trilha e aí vem a parte divertida da coisa. Para chegar nessas águas cristalinas a passagem é feita por uma fenda bastante estreita. Descer foi tranquilo, mas a volta...morri - mas valeu por todos os mergulhos.



Voltei para o carro e a próxima parada foi na praia da Cacimba do Padre onde se tem uma linda visão do morro Dois Irmãos bem próximos e logo após a Baía dos Porcos - desta vez com direito a muuuuuuuitos mergulhos.



Aqui nesta praia é aonde a maioria das empresas param para o almoço. Uma barraca bastante simples onde é servido um peixe assado na folha de bananeira. 


Depois da pausa gastronômica, hora de seguirmos adiante. Próxima parada Buraco da Raquel. Este local não é para banho, trata-se de um mirante e a descida até as piscinas é proibida e mesmo que não fosse desaconselho. Alguns filhotes de tubarão passeiam por ali lindamente.


Além disso a trilha de descida do mirante é cheia de urtigas, portanto, tome bastante cuidado. Existem várias histórias para o Buraco da Raquel, uma delas é que tinha um pai muito bravo e ia namorar escondido nesta pedra.


Hora de conhecer o Museu de Tubarões. Com acesso gratuito o museu expõe arcadas dentárias de vários tubarões e serve o famoso bolinho de tubalhau que infelizmente acabei não experimentando.


O "tur" continua e a próxima parada, Praia do Leão. Aqui de janeiro a junho acontece a desova das tartarugas e a praia tem esse nome por conta da pedra que lembra um leão marinho deitado. A parada foi só para tirar foto e seguir adiante.


Baía do Sueste foi a próxima parada. Aqui é um dos pontos ideais para o mergulho mas confesso que não me aventurei nessa. Tem também um quiosque chamado Careta para matar a sede. As fotos subaquáticas a seguir são de uma americana fascinada pelo Brasil chamada Uila que conheci no passeio e depois as enviou.






Depois deste mergulho no aquário humano hora de bater palmas ao astro rei no Mirante do Boldró. Este é o momento onde todos se encontram, o mirante fica lotado e todos ali sentados só contemplando a maravilha de mais um dia fabuloso e iluminado.


A noite na ilha começa tarde e a animação acontece no forró do Bar do Cachorro. Eu como sou uma pessoa totalmente diurna não consegui participar deste arrasta pé. O máximo que fiz foi ir até lá para conhecer e comer uma pizza que por sinal é uma delícia, com massa bem fininha. O bar tem um super visual da Praia do Cachorro, onde as vezes acontecem algumas festinhas também.


No dia seguinte, outro passeio, desta vez de barco (R$ 90,00 por pessoa) e que também recomendo pois você tem outra perspectiva da ilha, além de passar por locais que por terra jamais conheceria. Rumo ao porto e de lá mar a dentro.

O passeio tem duração de três horas e passa por ilhas secundárias. Vai até a Ponta da Sapata, que tem o formato do mapa do Brasil, e na volta faz uma pausa merecida para mergulho na divina Praia do Sancho. Tudo isso acompanhado de muitos golfinhos rotadores e com sorte ainda consegue ver tartarugas e arraias gigantes.



Para ir a Noronha basta querer e ficar atento as promoções que surgem a qualquer momento. É um ótimo local para ir sozinho, com amigos, com namorado, com a família, enfim...ir. Fiquei 3 dias e meio e com certeza com 5 dias na ilha você já conhece tudo e todos.



Sem dúvida um lugar para ser visitado várias vezes. Até a próxima!