Tanta água no meio do cerrado só pode ser obra divina mesmo né? Assim é a Chapada dos Veadeiros, no Estado de Goiás, cortada pelo paralelo 14 (o mesmo de Machu Picchu) cercada de misticismo é um dos pontos do planeta que reflete a luz do sol com maior intensidade visto do espaço por suas formações de quartzo que compõem a geologia da região. Abrange cinco municípios: Alto Paraíso, Colinas do Sul, Cavalcante, São João D’aliança e Teresina de Goiás com área total de 15.267 km2 e uma população de 32.731 habitantes.
A entrada do Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros fica no distrito de São Jorge que conta com aproximadamente 600 habitantes e é o paraíso noturno da Chapada. Muitos bares e campings com shows e música para todos os cantos, além disso, em julho acontece o Encontro de Culturas Tradicionais da Chapada dos Veadeiros onde reúnem-se grupos culturais de todos os lugares do mundo, um evento imperdível. Estive lá este ano!
A entrada do Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros fica no distrito de São Jorge que conta com aproximadamente 600 habitantes e é o paraíso noturno da Chapada. Muitos bares e campings com shows e música para todos os cantos, além disso, em julho acontece o Encontro de Culturas Tradicionais da Chapada dos Veadeiros onde reúnem-se grupos culturais de todos os lugares do mundo, um evento imperdível. Estive lá este ano!
Como em todo lugar bom e um pouco afastado do “mundo” é aconselhável que leve dinheiro em espécie, pois nem todos os lugares aceitam cartão e em São Jorge, por exemplo, não existe nenhuma agência bancária, nem posto de gasolina. Hospedagem tem aos montes, das mais exuberantes aos campings. Pesquise o mais adequado ao seu bolso - Hotel in Site.
Existem dezenas de bons restaurantes, mas ninguém pode deixar de conhecer o Rancho do Seu Waldomiro, que fica na estrada entre Alto Paraíso e São Jorge e comer a matula, prato típico da região, além das especiarias que ele mesmo prepara e vende no local como cachaça, licor e pimenta – tudo de primeira.
De Brasília até Alto Paraíso são 230km de estrada asfaltada. Para Cavalcante são mais 88km também de asfalto, já para o outro lado, indo em direção à São Jorge e Colinas do Sul estrada de terra com muitos buracos e toda trepidação do mundo, mas nada que tire o espetáculo de vermos araras, tucanos, veados e muitos gaviões o tempo todo na estrada. É bastante aconselhável que procure informação no CAT (Centros de Apoio ao Turista) pois diferentes níveis de dificuldades aparecem a cada cachoeira.
Em Alto Paraíso não deixe de conhecer as cachoeiras: Loquinhas, Almécegas I e II, São Bento, Água Fria, Rio Cristal (que tem várias quedas), Vale do Rio Macaco, Cataratas dos Couros, Parque Solarion entre outras tantas.
Em Alto Paraíso não deixe de conhecer as cachoeiras: Loquinhas, Almécegas I e II, São Bento, Água Fria, Rio Cristal (que tem várias quedas), Vale do Rio Macaco, Cataratas dos Couros, Parque Solarion entre outras tantas.
Continuando na mesma estrada você chegará à Cavalcante, berço da comunidade quilombola denominada de Kalungas, remanescentes de escravos que se refugiaram entre as serras durante e depois do Brasil colônia, isolaram-se até quase a metade do século passado. Porém antes de chegar a cidade existe um ponto de parada obrigatória, a cachoeira do Poço Encantado.
Além de ter uma enorme cachoeira para passar o dia, o Poço Encantado oferece hospedagem e alimentação no seu restaurante com vista para cachoeira. É realmente sensacional.
Seguindo na estrada chega-se então a Cavalcante onde existem várias cachoeiras deslumbrantes, com destaque para Santa Bárbara, mas existem ainda: Capivara e Tiririca, Ponte de Pedra, Rio Prata e Veredas.
Para chegar até algumas dessas cachoeiras só com guia da comunidade. Existe uma taxa de R$ 50,00 para seis pessoas e o guia vai junto no carro até uma parte. Depois caminha-se mais 1 ou 2km, depende da cachoeira e chega-se no paraíso.
Além disso, em Cavalcante existe uma cerveja artesanal chamada Aracê, deliciosa - não deixe de conferir com o simpático Sr Manolo.
Voltando em direção a Alto Paraíso, mas agora pegando a estrada para o outro lado, em direção a São Jorge está o deslumbrante Vale da Lua.
O nome não nega. As formações rochosas escavadas pela corredeira do rio São Miguel nos fazem imaginar como se estivéssemos na lua. É lindo demais!
Ao chegar à São Jorge, sinta-se em casa. Utensílios de primeira mão: chinelo, repelente, roupa de banho, calça e casaco porque à noite a temperatura cai bastante e depois disso, é pura diversão. Quer comer bem? Restaurante Buritis é uma ótima opção. Comida boa, proprietário simpático e suuuuper bem servido. Não deixe de conhecer as cachoeiras de Saltos do Rio Preto, Canyon 2 e Cariocas, Morada do Sol, Abismo, Raizama, Encontro das Águas, Segredo e Cordovil.
Como se não bastasse tudo isso, seguindo mais alguns quilômetros adiante, cheguei à Colinas do Sul, mas no meio do caminho existem as águas termais do Éden que são ótimas para relaxar e bastante aconselhável para banhos noturnos ou nos dias mais frios. Eu fui no dia de calor mesmo...rsss. Lá você pode passar o dia, como também se hospedar.
Passando de Colinas do Sul e seguindo em direção a Niquelândia existe outro paraíso que encontrei por acaso. Acaso da curiosidade que sempre me leva um pouquinho mais à frente para saber o que tem...hehehe e lá está a maravilhosa cachoeira das pedras bonitas. O lugar é sensacional, visual deslumbrante e com uma boa infraestrutura de pousada, camping e restaurante.
Depois de tudo isso, volte para São Jorge e assista ao espetáculo do pôr do sol no Mirante do Parque que fica bem próximo a cidade e vale muito a pena fechar o dia com esta contemplação.
E é isso, Chapada dos Veadeiros é divina, cheia de mistérios, crendices e visuais inesquecíveis. Espero em breve estar por lá novamente.